Dois blocos rotacionados e uma cobertura descolada dos volumes compõem a fachada da casa. Os volumes apresentam fachada cega, não revelando nada do interior e sua angulação trabalha de tal maneira que incentiva e induz a pessoa a entrar no espaço.

​A varanda é a grande integradora da casa; sua cobertura recepciona os convidados que ao abrir a porta principal da casa não se deparam com o hall, como de costume, e sim com um espaço abrigo, recinto esse definido por estar entre ambientes (garagem, salas e jardim). Nesse abrigo, a primeira vista do convidado sempre será uma primeira, pois se torna a do próprio local, da natureza que a cada estação, a cada queda das folhas, a cada fruta colhida, constantemente se modifica.

Ao mesmo tempo que a varanda se faz uma porta de entrada mutável, ela funciona como a transição do interno com o externo, integrando todas as partes da casa; áreas sociais, de serviço e intima podem ser acessadas por elas criando uma continuidade espacial do verde com o interior, perdendo assim, um pouco do “estar dentro” e “estar fora”.

​A casa não se fecha para o externo pela não presença de janelas para a rua, mas tenta preservar sua essência em seu interior.
Local: Juiz de Fora
Ano de Projeto/Conclusão: 2017/2019
Fotos: Bruno Meneghetti
Colaboradores: André Miguel Coronha; Naiara Valéira.
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